quarta-feira, 29 de agosto de 2007

ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE - 2008


Ó Deus Pai e Criador, em vós vivemos, nos movemos e somos! Sois presença viva em nossas vidas, pois nos fizestes à vossa imagem e semelhança. Proclamamos as maravilhas de vosso amor presentes na criação e na história. Por vosso Espírito, tudo se renova e ganha vida.


Nosso egoísmo muitas vezes desfigura a obra de vossas mãos, causando morte e destruição. Junto aos avanços, presenciamos tantas ameaças à vida. Que nesta quaresma acolhamos a graça da conversão, tornando-nos mais atentos e fiéis ao Evangelho.


Que o compromisso de nossa fé nos leve a defender e promover a vida no seu início, no seu crescimento e também no seu declínio. Vosso Filho Jesus Cristo, crucificado-ressuscitado, nos confirma que o amor é mais forte que a morte. Como seus discípulos queremos “escolher a vida”.
Maria, mãe da Vida, que protegeu e acompanhou seu Filho, da gestação à ressurreição, interceda por nós, Amém!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Um ano sem Dom Luciano entre nós!



Nesta segunda-feira, dia 27 de agosto, a Arquidiocese de Mariana celebra um ano de falecimento de dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, que faleceu em agosto de 2006, vítima de câncer no fígado, após ter passado mais de 30 dias na UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O arcebispo esteve à frente da Arquidiocese de Mariana por 18 anos. Por esta razão, o atual arcebispo da Arquidiocese e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha, convida a todos para as solenidades que marcarão esta data e recomenda que todas as paróquias celebrem nos dias 26 e 27 de agosto. A partir das 16h do dia 27 de agosto, serão lançados os livros: Doctor Amoris Causa, obra elaborada pelo Instituto Santo Inácio e Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (ISI), e Dom Luciano, o irmão do outro; que tem como autor seu irmão, Candido Mendes. O lançamento acontece em sintonia com a inauguração do Memorial dos Bispos de Mariana – seção Dom Luciano, que será instalado no Centro Cultural Dom Frei Manoel da Cruz, antigo Palácio dos Bispos, recentemente inaugurado. A Celebração Eucarística que deverá ser realizada por todas as paróquias da Arquidiocese, por sugestão de dom Geraldo Lyrio, acontece na Catedral Metropolitana de Mariana (Catedral da Sé), a partir das 19h.


sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Em Primeira mão: Hino e Cartaz da CF 2008


Tema: Fraternidade e defesa da vida
Lema: "Escolhe, pois a vida"!
Letra: José Antônio de Oliveira
Música: Pedro Paulo Corrêa Cuzziol,
José Ricardo de Assis Coelho, Edgar Matias Bach hi,
Luana Bertolotti Bach hi.


1 Com carinho, desenhei este planeta;
Com cuidado, aqui plantei o meu jardim.
Com alegria, eu sonhei um paraíso,
Para a vida, dom de amor que não tem fim.
Ref.
Ponho, então à tua frente
Dois caminhos diferentes:
Vida e morte,e escolherás.
Sê sensato: escolhe a vida!
Parte o pão, cura as feridas!
Sê fraterno e viverás.
2 Fiz o homem e a mulher à minha imagem;
Por amor e para o amor, eu os criei.
Com meu povo, celebrei uma aliança.
O caminho da justiça eu ensinei.
3 Com tristeza vejo a vida desprezada,
Nos meus filhos e em toda a natureza.
Me entristece tantas vidas abortadas,
Dói em mim a violência e a pobreza.
4 Pelas margens desta vida há tanta gente
Que implora por justiça e dignidade.
Respeitar, cuidar da vida, é o que te peço;
Vai! Transforma a tua fé em caridade.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O silêncio de Deus - Vale a Pena Conferir

Frei Betto

Em visita a Auschwitz, o papa Bento XVI fez uma prece que surpreendeu a muitos: “Onde estava Deus naqueles dias? Por que ficou em silêncio? Como pôde permitir esse massacre sem fim, esse triunfo do mal?”
Esta foi a oração de Jesus na cruz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mateus 27, 46), fazendo eco ao Salmo 22: “Meu Deus, eu grito de dia e não me respondes; de noite, e nunca tenho descanso.”
Nem sempre a nossa oração é de súplica, gratidão ou louvor. Há momentos em que o silêncio de Deus nos incomoda, sobretudo diante do mal praticado e da impunidade. Talvez Ele esteja sugerindo, com esse silêncio, caber a nós reparar a injustiça e evitar o mal. Deus é pai mas não paternalista. “Onde estavam vocês, homens e mulheres de bem, naqueles dias? Por que se omitiram?”
A religião não é para ser crida, é para ser vivida. Mais vale fazer do que crer. Amar ao próximo do que prestar culto a Deus. Mas quem, hoje, prescinde de religião? Como celebrar momentos fortes da vida – nascimento, casamento, morte – sem recorrer a ritos e símbolos religiosos?
Muitos já não buscam a libertação social e política, devido ao ocaso das ideologias progressistas, embora sonhem com um mundo melhor. Agora a libertação cede lugar à salvação. A utopia – situada no futuro da história – é suplantada pela experiência imediata do sagrado.
As instituições tópicas da modernidade estão em crise, como a família monogâmica, a escola e a igreja. Nunca Protágoras esteve tão em moda como nesse primórdio da pós-modernidade. Também quanto à religião os fiéis querem ser a medida de todas as coisas. Rejeitam os canais institucionais de mediação com o divino. Olham desconfiados para instituições aferradas ao equívoco histórico de que sempre coincidem autoridade e verdade.
Daí o êxodo de fiéis das igrejas históricas às variadas manifestações esotéricas. Não estão à procura de doutrina, mas de alívio e soluções a seus problemas existenciais. Não buscam mandamentos, e sim consolos. Não querem o perdão, mas explicação para suas angústias e dificuldades. À promessa de salvação pós-morte preferem o guru capaz de premonição frente ao futuro imediato. Ficarei curado da doença? Meu filho largará as drogas? O amado retornará aos meus braços? Há videntes que garantem, em seus anúncios, a volta em três dias do amor perdido ou a devolução do dinheiro da consulta...
Nas grandes cidades há muita insegurança. O ritmo da vida se acelerou e não bastam pão e pouso para ser feliz. O nível de exigência inclui riqueza, fama e beleza (sobretudo magreza). O ser robótico esculpido pela mídia acentua a baixa auto-estima. Como posso me sentir feliz se tenho dívidas, sou anônimo, desprovido de beleza física e não consigo me conter diante de um caldeirão de gorduras saturadas e uma travessa de doces? Como me sentir bem se estou ameaçado pelo desemprego? E se a política não me dá respostas e as ideologias se calam, onde buscar refúgio senão no esoterismo religioso? Como resistir ao pastor que me promete prosperidade em troca de uma vida menos desregrada e o dízimo pago em dia? Como não se sentir atraído pelo padre que me insere entre os eleitos do Espírito Santo e me faz falar em línguas estranhas?
As igrejas históricas se dividem entre as que ainda não se urbanizaram e insistem nos mesmos arcaicos métodos paroquiais, sem recursos para evangelizar a juventude, os setores profissionais, os movimentos sociais, e aquelas que, atualizadas pela mídia televisiva, “privatizam” a fé, reduzida a um meio de consolo pessoal e identificação do fiel com a sua igreja. Toda a dimensão social encontrada no Evangelho – o compromisso de Jesus com os mais pobres, a crítica aos opressores e vendilhões do Templo, o amor ao próximo que reconhece nos famintos a própria face do Cristo – é ignorada. Assim, a religião exerce, de um lado, o papel de legitimadora da desordem vigente na sociedade e, de outro, induz ao fundamentalismo que acredita na partidarização política da igreja como única forma de salvar a sociedade...
Evangelizar, hoje, é resgatar os métodos adotados por Jesus: antes de proferir o discurso moralista, oferecer o absoluto de Deus, como fez ele à samaritana; antes de exigir adesão à doutrina, propor a opção pelos pobres, como disse ao homem rico; antes de realçar a sacralidade das instituições religiosas, acentuar o ser humano, em especial o faminto, o enfermo e o oprimido, como templos vivos de Deus. E anunciar o Deus do amor e do perdão, e não do juízo e da condenação; o Deus da alegria, não da tristeza; Deus como pão da vida, e não cruz a ser carregada neste vale de lágrimas...
Jung demonstrou como Jesus está presente no inconsciente coletivo do Ocidente. O que explica o sucesso do Código Da Vinci que, supostamente, esclarece a “história da vida privada” de Jesus. Essa tendência à privatização de todos os aspectos da vida, comprovada pelo êxito de publicações que aparentemente fazem o leitor penetrar na intimidade de celebridades, é uma das características da filosofia neoliberal que respiramos em tempos de unipolaridade do capitalismo. Essa voyeurismo exacerbado neutraliza nosso potencial de transformar a sociedade e resgatar a nossa auto-estima como seres ontologicamente políticos, como observou Aristóteles.
Diante da tanta injustiça, não é o silêncio de Deus que deveria nos incomodar, e sim a nossa desmotivação para combatê-la e construir o “outro mundo possível”.

http://amaivos.uol.com.br/templates/amaivos/amaivos07/noticia/noticia_list.asp?cod_canal=53

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Resgatar o Coração - Leonardo Boff*

Seguramente a crise ecológica global exige soluções técnicas, pois podem impedir que o aquecimento global ultrapasse 2 graus Celsius, o que seria desastroso para toda a biosfera. Mas a técnica não é tudo nem o principal. Parafraseando Galileo Galilei podemos dizer: "a ciência nos ensina como funciona o céu mas não nos ensina como se vai ao céu". Da mesma forma, a ciência nos indica como funcionam as coisas mas por si mesma não tem condições de nos dizer se elas são boas ou ruins. Para isso temos que recorrer a critérios éticos aos quais a própria prática científica está submetida. Até que ponto, apenas soluções técnicas equilibram Gaia a ponto de ela continuar a nos querer sobre ela e ainda garantir os suprimentos vitais para os demais seres vivos? Será que ela vai identificar e assimilar as intervenções que faremos nela ou as rejeitará?

As intervenções técnicas têm que se adequar a um novo paradigma de produção menos agressivo, de distribuição mais equitativa, de um consumo responsável e de uma absorção dos rejeitos que não danifique os ecossistemas. Para isso precisamos resgatar uma dimensão, profundamente descurada pela modernidade. Esta se construiu sobre a razão analítica e instrumental, a tecnociência, que buscava, como método, o distanciamento mais severo possível entre o sujeito e o objeto. Tudo que vinha do sujeito como emoções, afetos, sensibilidade, numa palavra, o pathos, obscurecia o olhar analítico sobre o objeto. Tais dimensões deveriam ser postas sob suspeição, serem controladas e até recalcadas.

Ocorre que a própria ciência superou esta posição reducionista seja pela mecânica quântica de Bohr/Heisenberg seja pela biologia à la Maturana/Varela, seja por fim pela tradição psicanalítica, reforçada pela filosofia da existência (Heidegger, Sartre e outros). Estas correntes evidenciaram o envolvimento inevitável do sujeito com o objeto. Objetividade total é uma ilusão. No conhecimento há sempre interesses do sujeito. Mais ainda, nos convenceram de que a estrutura de base do ser humano não é a razão mas o afeto e a sensibilidade.

Daniel Goleman trouxe a prova empírica com seu texto a Inteligência emocional que a emoção precede à razão. Isso se torna mais compreensível se pensarmos que nós humanos não somos simplesmente animais racionais mas mamíferos racionais. Quando há 125 milhões de anos surgiram os mamíferos, irrompeu o cérebro límbico, responsável pelo afeto, pelo cuidado e pela amorização. A mãe concebe e carrega dentro de si a cria e depois de nascida a cerca de cuidados e de afagos. Somente nos últimos 3-4 milhões de anos surgiu o neo-cortex e com ele a razão abstrata, o conceito e a linguagem racional.

O grande desafio atual é conferir centralidade ao que é mais ancestral em nós, o afeto e a sensibilidade. Numa palavra, importa resgatar o coração. Nele está o nosso centro, nossa capacidade de sentir em profundidade, a sede dos afetos e o nicho dos valores. Com isso não desbancamos a razão mas a incorporamos como imprescindível para o discernimento e a priorização dos afetos, sem substitui-los. Hoje se não aprendermos a sentir a Terra como Gaia, não a amarmos como amamos nossa mãe e não cuidarmos dela como cuidamos de nossos filhos e filhas, dificilmente a salvaremos. Sem a sensibilidade, a operação da tecnociência será insuficiente. Mas uma ciência com consciência e com sentido ético pode encontrar saidas libertadoras para nossa crise.

EXPLICAÇÃO


Amigos e Amigas


Desculpe, mas tentei dar uma melhorada em elguns detalhes do blog, por isso, ele está sem os textos anteriores.


Vamos tentar deixá-lo sempre atualizado e com alguns artigos.


Um abração


Thiago

Nota de Falecimento


O Arcebispo emérito da arquidiocese de Botucatu (SP), dom Vicente Ângelo José Marchetti Zioni, faleceu por volta das 10h desta quarta-feira, 15, em sua residência, na Casa dos Meninos, em Botucatu. Até às 17h, seu corpo será velado na Casa dos Meninos seguindo, após esse horário, para a Catedral Metropolitana. Segundo informações da arquidiocese, o sepultamento será amanhã após a missa exequial que será celebrada às 16h.

Dom Vicente nasceu em São Paulo em 14 de dezembro de 1911. Foi ordenado presbítero em 1936 e era bispo há 52 anos. Antes de se tornar arcebispo de Botucatu, em 1968, dom Vicente foi auxiliar de São Paulo durante nove anos (1955-1964) e bispo de Bauru (SP) por quatro anos (1964-1968). Em 1990, tornou-se arcebispo emérito.

Entre as obras fundadas por Dom Vicente estão a Congregação Diocesana das Irmãs Franciscanas da Divina Providência, o Seminário de Vocações de Adultos S. Cura D’Ars (São Paulo) e o Seminário Nossa Senhora da Assunção, em Bauru. Ele é também co-fundadador da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Dom Vicente tinha como lema Que a caridade fraterna permaneça (Caritas fraternitatis maneat).

www.cnbb.org.br